Jason Rhorer: o mestre das instalações virtuais

Videogames são, muitas vezes, considerados um grande mercado de entretenimento. Ultrapassando a indústria cinematográfica no último ano, pode-se dizer que é um meio por si só de contar histórias.

No entanto, alta-literatura e cinema-arte são formas de expressão mais profundas e, normalmente, introspectivas que trazem uma visão sobre a condição humana. Ao mesmo tempo, essas formas de expressão artística convivem com outras expressões menos densas, bestsellers e o cinema pipoca-e-guaraná que permeiam ambas indústrias.

Mas, e os videogames? Longe de querer trazer o debate para esse blog, acho interessante ter um perfeito representante da expressão artística eletrônica: o senhor Jason Rohrer.

Rohrer é uma pessoa difícil de definir. Basta dizer que ele cria jogos e tem uma paixão por arte e pelas expressões independentes na indústria de videogames. Seu jogo mais famoso, Passage, é tão linear que nem parece um jogo, mas esconde uma mensagem sutil sobre a finitude da existência.

No entanto, sem dúvida foi com Between que fiquei mais embasbacado. Nesse jogo, você se conecta à um servidor e começa a montar um quebra-cabeças. No entanto, conforme você vai montando, começa a perceber uma coisa incomum… coisas mudam de lugar, partes do quebra-cabeças se resolvem sozinhas, depois se desfazem. Você não estava sozinho, afinal, existe um outro jogador que você não pode ver, com quem você não pode se comunicar senão através da única mecânica do jogo.

Nem preciso dizer que vale conferir os jogos do cara, certo? Ah! E eles não tem muito texto, então podem ser jogados mesmo por quem não é fluente na língua inglesa.

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